Ao ouvirmos a expressão Hipertensão, logo
fazemos a correlação à pressão alta propriamente dita, também conhecida como
Hipertensão Arterial Sistêmica. No entanto, há também a Hipertensão Arterial Pulmonar
que, em poucas palavras, é o aumento da pressão interna das artérias pulmonares
(artérias essas responsáveis por levar o sangue do ventrículo direito do coração
aos pulmões, com o fim de remover o dióxido de carbono presente na circulação
substituindo-o por oxigênio; isto é, de fazer a hematose).
A pressão arterial pulmonar normal
encontra-se, quando o organismo está em repouso, em torno de 25 milímetros de
mercúrio (mmHg). Os níveis pressóricos da circulação pulmonar, no entanto,
quando se encontram acima do limite de 25 mmHg, o indivíduo enquadra-se no
quadro de Hipertensão Pulmonar, o qual pode ser subdividido em grau
leve/moderado, quando a pressão encontra-se abaixo dos 45mmHg; ou então em grau
severo, quando a pressão está acima dos 50 mmHg.
A Hipertensão Pulmonar, doença rara e que
ameaça a vida, ainda não teve as causas de sua ocorrência de todas elucidadas,
sendo o seu diagnóstico ainda hoje um grande desafio. Ela é uma desordem
progressiva decorrente de uma série de agressões sobre a pequena circulação
pulmonar, que leva ao remodelamento dos pequenos vasos levando a obstrução e ao
aumento da resistência ao fluxo sanguíneo.
Promove-se, dessa forma, uma sobrecarga ao
coração (em especial ao ventrículo direito) fazendo-o trabalhar mais e dificultando,
consequentemente, o bombeamento de sangue do coração para os pulmões. Com o
passar do tempo, e devido a sobrecarga sofrida, o coração vai minimizando a sua
eficácia podendo, até mesmo, comprometer seriamente as atividades cardíacas com
uma possível insuficiência ventricular direita. Surgem, com isso, os sinais de
cansaço, de falta de ar, capacidade de exercícios limitada, fadiga aos
esforços, de síncope (desmaios), sensação de aperto torácico, tornozelos e pernas
inchados e, mais à frente, sinais de insuficiência cardíaca direita (como já
fora mencionado).
As
suas principais causas são as ditas idiopáticas, que é a chamada verdadeira
Hipertensão Arterial Pulmonar, que ocorre quando nenhuma causa efetiva foi encontrada
para a sua ocorrência. Recentemente, pesquisas têm mostrado que os níveis de
endotelina são significativamente aumentados nos tecidos e na circulação
sanguínea de pessoas que apresentam a doença.
A
endotelina, peptídeo produzido pelo endotélio e que age como mensageiro químico
dentro do organismo, sob condições normais, apresenta-se em níveis baixos e é
essencial no controle da atividade do vaso sanguíneo. Quando em altas
concentrações, no entanto, é responsável pelo estreitamento (vasoconstrição) e
pelo espessamento (fibrose) dos vasos sanguíneos, desencadeando os sintomas
característicos da doença: como a falta de ar, vertigem, os desmaios, palpitações
e fraqueza geral.
Sabendo-se disso, viu-se a necessidade de
bloquear seus efeitos nocivos através da ação medicamentosa. Dessa forma,
utilizou-se a estratégia de bloquear os receptores da endotelina (que são dois:
o ETA e o ETB. O primeiro é encontrado principalmente na musculatura lisa dos
vasos sanguíneos, enquanto o segundo localiza-se na superfície do endotélio)
utilizando-se, para isso, os antagonistas dos receptores de endotelina (ARE) que
são, por exemplo, a Bosentana e a Ambrisentana (este, o mais recente deles).
Referências Bibliográficas:
http://www.pvrireview.org/article.asp?issn=0974-6013;year=2010;volume=2;issue=5;spage=51;epage=54;aulast=Chong
Postado por: Ana Elisa Rosa
Postado por: Ana Elisa Rosa
Eu fiz um exame ontem e acusou Sinais indiretos de Hipertensão Pulmonar de grau discreto eu tenho 53 anos e nunca ouvi falar nisso o que quer dizer realmente, tudo bem que tenho constantemente palpitações que parece que o coração vai sair pela boca, mais gostaria de saber o que realmente é esse resultado
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