quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Hipertensão Arterial Pulmonar


Ao ouvirmos a expressão Hipertensão, logo fazemos a correlação à pressão alta propriamente dita, também conhecida como Hipertensão Arterial Sistêmica. No entanto, há também a Hipertensão Arterial Pulmonar que, em poucas palavras, é o aumento da pressão interna das artérias pulmonares (artérias essas responsáveis por levar o sangue do ventrículo direito do coração aos pulmões, com o fim de remover o dióxido de carbono presente na circulação substituindo-o por oxigênio; isto é, de fazer a hematose).
A pressão arterial pulmonar normal encontra-se, quando o organismo está em repouso, em torno de 25 milímetros de mercúrio (mmHg). Os níveis pressóricos da circulação pulmonar, no entanto, quando se encontram acima do limite de 25 mmHg, o indivíduo enquadra-se no quadro de Hipertensão Pulmonar, o qual pode ser subdividido em grau leve/moderado, quando a pressão encontra-se abaixo dos 45mmHg; ou então em grau severo, quando a pressão está acima dos 50 mmHg.
A Hipertensão Pulmonar, doença rara e que ameaça a vida, ainda não teve as causas de sua ocorrência de todas elucidadas, sendo o seu diagnóstico ainda hoje um grande desafio. Ela é uma desordem progressiva decorrente de uma série de agressões sobre a pequena circulação pulmonar, que leva ao remodelamento dos pequenos vasos levando a obstrução e ao aumento da resistência ao fluxo sanguíneo.
Promove-se, dessa forma, uma sobrecarga ao coração (em especial ao ventrículo direito) fazendo-o trabalhar mais e dificultando, consequentemente, o bombeamento de sangue do coração para os pulmões. Com o passar do tempo, e devido a sobrecarga sofrida, o coração vai minimizando a sua eficácia podendo, até mesmo, comprometer seriamente as atividades cardíacas com uma possível insuficiência ventricular direita. Surgem, com isso, os sinais de cansaço, de falta de ar, capacidade de exercícios limitada, fadiga aos esforços, de síncope (desmaios), sensação de aperto torácico, tornozelos e pernas inchados e, mais à frente, sinais de insuficiência cardíaca direita (como já fora mencionado).
 As suas principais causas são as ditas idiopáticas, que é a chamada verdadeira Hipertensão Arterial Pulmonar, que ocorre quando nenhuma causa efetiva foi encontrada para a sua ocorrência. Recentemente, pesquisas têm mostrado que os níveis de endotelina são significativamente aumentados nos tecidos e na circulação sanguínea de pessoas que apresentam a doença.
 A endotelina, peptídeo produzido pelo endotélio e que age como mensageiro químico dentro do organismo, sob condições normais, apresenta-se em níveis baixos e é essencial no controle da atividade do vaso sanguíneo. Quando em altas concentrações, no entanto, é responsável pelo estreitamento (vasoconstrição) e pelo espessamento (fibrose) dos vasos sanguíneos, desencadeando os sintomas característicos da doença: como a falta de ar, vertigem, os desmaios, palpitações e fraqueza geral.
Sabendo-se disso, viu-se a necessidade de bloquear seus efeitos nocivos através da ação medicamentosa. Dessa forma, utilizou-se a estratégia de bloquear os receptores da endotelina (que são dois: o ETA e o ETB. O primeiro é encontrado principalmente na musculatura lisa dos vasos sanguíneos, enquanto o segundo localiza-se na superfície do endotélio) utilizando-se, para isso, os antagonistas dos receptores de endotelina (ARE) que são, por exemplo, a Bosentana e a Ambrisentana (este, o mais recente deles).



Referências Bibliográficas:




Um comentário:

  1. Eu fiz um exame ontem e acusou Sinais indiretos de Hipertensão Pulmonar de grau discreto eu tenho 53 anos e nunca ouvi falar nisso o que quer dizer realmente, tudo bem que tenho constantemente palpitações que parece que o coração vai sair pela boca, mais gostaria de saber o que realmente é esse resultado

    ResponderExcluir