quarta-feira, 30 de maio de 2012

Estresse X Hipertensão Arterial



            O estresse está incluso na vasta lista dos ditos Fatores de Risco que podem levar ao desenvolvimento da Hipertensão Arterial. No entanto, qual é a sua real relação com a pressão arterial e por que elas se relacionam?
        O estresse, entendido como sendo um esforço de adaptação, isto é, a busca do organismo por se adaptar às diferentes situações que lhe são propostas, está cada vez mais presente, cada vez mais enraizada na essência da atual sociedade, que está sempre disposta a oferecer novos métodos e caminhos para continuar o alimentando.

            A carga de exigências, o número de atividades diárias, a qualificação profissional requerida, o ritmo acelerado que a cidade impõe, os laços afetivos e familiares, as frustrações e decepções inerentes ao próprio fato de se existir, são alguns dos exemplos que compõe o cenário para tornar a aparição do estresse propícia. No entanto, como, então, o organismo reage frente a essas agressões psicossociais sofridas e muitas vezes impostas?

            Como forma de compensar, o organismo passa a fornecer, a sintetizar uma maior quantidade do hormônio cortisol (ou hidrocortisona), que é produzido pela glândula supra-renal, de fundamental e indispensável importância para a manutenção da vida, que atua tanto na adaptação às alterações do meio externo, quanto na resposta ao próprio estresse, sendo, por isso, considerado o hormônio clássico, típico do estresse.
        O cortisol, juntamente com os hormônios adrenalina e noradrenalina, são os responsáveis por preparar, por tornar o organismo apto a enfrentar as situações estressantes os quais são submetidos, visando reparar possíveis danos que possam vir a ocorrer. Dessa forma, quando as condições se normalizam, isto é, quando os elementos estressantes são superados, os níveis de cortisol retornam aos seus níveis padrões, superando essa fase de agressão gerada.
            No entanto, com a persistência da tensão, motivada pelos mais diversos fatores (trabalho, família, casamento, brigas, desentendimentos, noites mal dormidas) em conjunto com outros estados emocionais que alimentam a situação de estresse (como a angústia, a raiva e o medo), fazem com que essas taxas de cortisol permaneçam ainda a níveis anormalmente elevados por períodos extensos de tempo (indo desde semanas, meses e até anos), fazendo com que o mecanismo que de início objetivava reparar possíveis danos, passe agora a atuar como um agressor do organismo.

           Mas, afinal, qual a relação de todo esse quadro com a hipertensão arterial propriamente dita? A relação encontra-se no fato do cortisol aumentar tanto a quantidade de açúcar no sangue (já que as células musculares precisarão de bastante energia para enfrentar a situação de estresse apresentada), quanto pelo fato do cortisol simplesmente aumentar a pressão arterial.

            Evitar o estresse, portanto, buscando válvulas de escape que visem canalizar toda essa tensão para fora do organismo, além de se estar prevenindo uma possível hipertensão arterial, acrescenta diretamente em fatores positivos para a vida como um todo.   

Referências Bibliográficas:

http://www.psiquiatriageral.com.br/cerebro/texto13.htm        
            

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